Talitha Rossi
clique para ouvir a áudio descrição
Talitha Rossi, nascida em Resende, 35 anos, mulher cisgênero, heteresexual, pele branca cabelo castanho longo, olhos castanhos amendoados, estatura mediana.
Artista visual, dedica-se a questões do ecofeminismo, modificação corporal, impacto das novas mídias na sociedade e na natureza das relações humanas. Performance, videoperformance, obras têxteis, poemínimos bordados sobre tecido, intervenção em cristais e criação de adornos, destacam-se como as principais linguagens na produção artística e aproximação de mundos.
Talitha Rossi
Máscara #2, 2021
Bordado de de pedrarias variadas sobre molde de aço.
65 x 40 x 25 cm [A x L x P]
R$ 13.000,00
As esculturas têxteis criadas por Talitha Rossi são materializações em contato com divindades femininas sobre o corpo físico e espiritual. Ao trançar fios exóticos e adorná-los com bordados de alta costura, a artista faz torções entre luz e sombra, vida e morte, além de reflexões sobre o cercamento dos corpos femininos costurados aos questionamentos sobre o uso do corpo da mulher para fins reprodutivos alinhados com críticas ao modelo de casamento existente nos dias atuais, oferecendo suas obras como presentes para as Yabás, orixás femininos por quem a artista tem devoção. Talitha trabalha com retalhos, pedras preciosas – quartzo e ágata e reaproveitamento de peles de peixe (tilápia) tingidas à mão.
Um portal-portátil; corpo-espírito. Pérolas são feridas curadas, combate vital da condição feminina ao mascarar processos de dominação da mulher latina, na tentativa de um mecanismo de aniquilamento de expressão. Uma proteção que contorna forças além das fronteiras corporais, invocando no sentido encantatório e na cosmovisão, novos planos possíveis.
Pérolas são feridas curadas. Ao adornar manualmente com minuciosos bordados de alta costura, o combate vital da condição feminina vem à tona, ao mascarar processos de dominação da mulher latina, na tentativa de um mecanismo de aniquilamento de expressão e silenciamento.
O adorno barroco como preenchimento de espaços vazios, é uma crítica da artista brasileira a máscara como exposição esvaziadora de profissionais da exposição, que trabalham para o cercamento dos corpos femininos; mutilados seja em overdose de posts com filtros do instagram, ou violentos procedimentos estéticos que levam a deformidade da psique e dos corpos femininos, especialmente no Brasil, país número 1 no ranking de procedimentos estéticos.
A artista acredita no corpo-entidade como proteção, um divisor de águas para adentrar o campo das forças e unificar esse campo interno em nós. Este é o modo de desejar pérola, ou um simples portal.
Talitha Rossi
“Depois do raio vem a trovoada”, 2023
Pele de tilápia pintada artesanalmente, bordado de pedrarias variadas, cabelo, lingerie, fios turcos e tecidos variados.
350 x 120 x 60 cm [A x L x P]
Obra única
R$ 16.000,00